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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Projeto pretende inserir a ciência por meio da literatura infantil na rede municipal de ensino

SESC
8 de Junho de 2012



Considerada a cidade com maior número per capita de mestre e doutores do país, São Carlos inicia nessa próxima terça feira (12), às 19h30, dentro do projeto Educação em Prosa, mais uma ação para reforçar sua vocação de oferecer um ensino de qualidade. Trata-se do Ler Ciência, uma parceria entre SESC e Prefeitura Municipal, que tem como objetivo transmitir o pensamento de grandes cientistas brasileiros de forma processual e lúdica às crianças da Rede Municipal de Ensino.

A idéia do Ler Ciência é fazer com que as crianças, ainda cedo, tenham contato com um pensamento acadêmico de vanguarda utilizando-se para isso da literatura infantil e da filosofia.

Para a primeira edição, SESC e Prefeitura “desafiaram” o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, etnólogo americanista, doutor em Antropologia Social pela UFRJ com Pós-doutorado na Université de Paris X, autor do livro “A inconstância da alma selvagem” e autor da teoria do “Perspectivismo Ameríndio”, a se juntar à escritora Verônica Stigger para elaborarem uma história infantil que contivesse a base de seu pensamento. Do encontro surgiu à história “Onde a onça bebe água” que será impressa e distribuída para todos os alunos de 6 a 12 anos das escolas municipais. A expectativa é atingir quase 5 mil crianças com a ação.

Junto com a história, seguirá sugestões de atividades para as crianças, bem como uma apostila com idéias para os professores desdobrarem o “Perspectivismo Ameríndio” em sala de aula, elaboradas pelo GEPFC – Grupo de Estudos e Pesquisas Filosofia para Crianças, da UNESP de Araraquara. O material será distribuído no início de agosto durante a volta às aulas.

No último dia 28 de maio e 04 de junho, os professores passaram por capacitação para tomarem o primeiro contato com a teoria e com o método de ensino defendido pelos “filósofos” para crianças.

O “Perspectivismo Ameríndio” discute as idéias presentes nas cosmologias amazônicas, a respeito do modo como humanos, animais e espíritos vêem-se a si mesmos e aos outros seres do mundo. Essas idéias sugerem uma possibilidade de redefinição relacional das categorias clássicas de "natureza", "cultura" e "sobrenatureza" a partir do conceito de perspectiva ou ponto de vista.

Serviço

Educação em Prosa
Ler Ciência: A ciência por meio da literatura infantil – O perspectivismo ameríndio
12, terça, 19h30
Teatro do SESC São Carlos
Grátis
Retirada de ingressos com 1h de antecedência


Saiba mais sobre os autores:

Verônica Stigger
Escritora, jornalista, professora e crítica de arte brasileira, é doutora em teoria e crítica da arte pela Universidade de São Paulo, com estudo sobre as relações entre arte, mito e rito na modernidade. Lançou os livros O trágico e outras comédias (2003), Gran Cabaret Demenzial (2007), Os anões (2010) e Dora e o Sol (2010), seu primeiro livro infantil.

Eduardo Viveiros de Castro
Etnólogo americanista, com experiência de pesquisa na Amazônia; doutor em Antropologia Social pela UFRJ com Pós-doutorado na Université de Paris X. Foi professor de Estudos Latino-americanos na Universidade de Cambridge (1997-98), professor-visitante nas Universidades de Chicago (1991, 2004), Manchester (1994), USP (2003) e UFMG (2005-06). Escreveu treze livros, entre eles: “A inconstância da alma selvagem”, “A Onça e a Diferença - Projeto AmaZone”, “Amazônia: Etnologia e História Indígena” e “Arawete: O Povo do Ipixuna”. É coordenador da Rede Abaeté de Antropologia Simétrica. Desde 1978, ministra aulas de etnologia no Museu Nacional/UFRJ

Fernando Vilela (ilustrador)
Artista plástico com graduação em Artes Plásticas pela Unicamp e Mestrado em Artes pela USP. Desenvolve pesquisa e trabalhos em gravura, escultura, instalação e ilustração. Venceu o Prêmio Jabuti (2007) e o Bologna Ragazzi Award (Itália, 2007) pelo seu livro Lampião e Lancelote (2006).

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